O nome Polo é um dos incontornáveis da gama Volkswagen há décadas e para muitos representa a entrada no universo da marca. De geração em geração tem oferecido sempre mais um pouco, sempre “inspirado” no seu irmão Golf e esta geração não é exceção mostrando-se como uma proposta muito homogénea.
Um pouco mais largo que o seu antecessor, este Polo oferece mais espaço para os seus ocupantes e continua a garantir uma boa posição de condução para quem vai aos comandos. Ergonomicamente intuitivo este pequeno alemão é sóbrio no desenho do seu habitáculo e dá uma boa sensação de robustez graças à qualidade de construção e aos bons materiais que apresenta. A bagageira tem um acesso fácil e oferece uma capacidade de 351 litros.
De um modo geral este Polo mostra-se um modelo confortável, merecendo apenas algum reparo o amortecimento algo seco do eixo traseiro perante alguns pisos mais degradados e o ruído do motor nas versões Diesel que é algo elevado.
Como seria de esperar, dinamicamente este germânico é muito sóbrio e previsível nas suas reações. A direção mostra-se um pouco leve demais, o que nas manobras citadinas facilita, mas em estradas mais exigentes não é muito informativa para o condutor.
Os custos de manutenção não são os mais simpáticos, algo que se deve à aura algo premium em que a marca alemã se tem posicionado no mercado ao longo dos anos.
Motores
Esta gama do Polo conta com os motores a gasolina 1.0 nas versões de 65, 75 e 80 cv de potência, pouco interessantes em termos de prestações aos quais se segue o bloco turbocomprimido 1.0 TSI mais expedito com os seus 95 e 115 cv de potência máxima. Há ainda o mais desportivo 2.0 TSI que oferece uns redondos 200 cv de potência. A alternativa Diesel é composta pelo 1.6 TDI com 80 e 95 cv e merece destaque pelos seus baixos consumos que rondam os 3,6 l/100km em média, segundo a marca.
Principais avarias e problemas
As versões 1.6 TDI podem revelar-se ruidosas no funcionamento a frio devido ao ruído da distribuição. Nos motores a gasolina 1.0 a junta da bomba de água pode dar problemas, levando ao acendimento da luz da temperatura do motor.
A caixa DSG pode revelar um funcionamento errático e ter algumas fugas de óleo. Os cintos de segurança podem ter problemas, algo que levou a marca a chamar à assistência algumas unidades em 2018 e 2020 para corrigir o problema.
O Skoda Karoq foi lançado pela marca checa como o substituto do Yeti e faz da racionalidade e sentido prático dois dos seus trunfos. Desenvolvido com base na plataforma MQB que também foi utilizada no Volkswagen T-Roc, o Karoq preencheu a gama de SUVs da Skoda posicionando-se entre o mais pequeno Kamiq e o maior Kodiaq.
A Skoda sempre teve na racionalidade uma grande qualidade nos seus modelos, sendo um dos principais pilares dessa racionalidade a relação entre o preço competitivo e o que os seus modelos oferecem e neste Karoq esse facto mantém-se com este SUV a surgir no mercado com um preço competitivo considerando o seu equipamento de série.
Com o interior sóbrio e simples, o Karoq oferece uma boa posição de condução para quem vai ao volante e uma boa ergonomia para os mais variados comandos ao apresentar uma consola central simples, equilibrada e intuitiva. O espaço disponível no habitáculo é generoso e quem viajar nos bancos traseiros não terá problemas de maior. A qualidade de construção é boa e os vários elementos revelam uma boa solidez na sua montagem, infelizmente alguns dos painéis inferiores não têm a mesma qualidade, em termos de materiais utilizados, que os superiores. A bagageira é generosa e oferece 521 litros de capacidade e aqui encontramos alguns detalhes da tal racionalidade Skoda, já que ao abrir a tampa da mala a chapeleira sobe com ela, expondo de imediato todo o espaço de carga.
Em estrada o Karoq mostra-se o companheiro ideal para as deslocações diárias e para as viagens mais longas. Fácil de conduzir ele revela uma suspensão com uma afinação que privilegia a suavidade e lida muito bem com as mais variadas armadilhas no piso. Ao mesmo tempo em auto-estrada ele também se mostra à altura, garantindo um bom conforto para os ocupantes. O verso da medalha dessa suavidade da suspensão é que se o trajeto for mais sinuoso e exigente o Karoq já mostra alguma dificuldade a lidar com os movimentos da carroçaria, mas nada de demasiado complicado e que não seja previsível.
Motores
Em termos de motores o Karoq conta com três unidades a gasolina, o 1.0 TSI com 115 cv de potência, o 1.5 TSI com 150 e o 2.0 TSI com 190 cv. Além destas opções este SUV surge ainda com duas propostas Diesel, o 1.6 TDI com 115 cv e o 2.0 TDI com 150 cv ou 190 cv. Entre todos, a escolha mais racional é o 1.6 TDI pois associa boas prestações a um consumo médio de 4,5 l/100 km de acordo com dados da marca.
Principais avarias e problemas
Este Skoda Karoq padece apenas de alguns problemas com certos bugs nalguns sistemas como o radar de estacionamento ou o sistema multimédia, por exemplo, mas são tudo problemas que são solucionados com uma reprogramação. De resto não foram assinaladas mais anomalias que mereçam especial destaque.
Com o lançamento deste Megane E-Tech Electric a Renault apostou numa proposta 100% elétrica no segmento dos pequenos familiares e apesar de manter o nome dos seus “irmãos” a combustão e híbridos, este Megane é bem diferente deles, por dentro e por fora.
Para começar este Megane utiliza a plataforma CMF-EV do Grupo Renault, desenvolvida para melhor servir de base a modelos totalmente elétricos. Depois olhando para as linhas deste Megane E-Tech elas nada têm a ver com os modelos a combustão. Este cinco portas tem mais ar de crossover do que de hatchback já que é mais alto, mais curto e mais estreito do que o Mégane a combustão.
O interior revela o desenho simples e moderno com os ecrãs digitais a dominarem grande parte da zona do tablier com o painel de instrumentos e o ecrã táctil central a preencherem grande parte dessa área. Alguns materiais utilizados em alguns painéis podiam ser mais refinados na sua qualidade, mas a sua montagem não merece grandes reparos. Um dos pontos que merece destaque é o sistema de infoentretenimento equipado com um processador bem mais rápido que os outros Mégane e um sistema operativo de base Android muito intuitivo e que é compatível com aparelhos Apple. A posição de condução tem várias regulações para que o condutor encontre o seu equilíbrio ideal. Atrás não há uma coluna central a atrapalhar os ocupantes dos bancos traseiros, mas o espaço em largura não é dos mais amplos e a altura também não é das mais desafogadas. Em jeito de compensação a bagageira é uma das maiores do segmento com os seus 440 litros de capacidade.
Com uma direção leve este Megane E-Tech é um modelo fácil de manobrar e o único ponto menos bom é a visibilidade traseira que sai prejudicada pelas dimensões do óculo traseiro. Estamos perante uma proposta muito equilibrada em termos dinâmicos já que consegue ser confortável, mas ao mesmo tempo eficaz quando se exige um pouco dele. O facto de ser um modelo com uma distribuição de peso entre eixos muito semelhante também ajuda muito ao seu equilíbrio.
Motores
O Megane E-Tech conta com três soluções motrizes, a primeira EV40 130HP Boost Charge com 131 cv de potência, uma bateria de 40 kWh e um autonomia de 300 quilómetros, seguindo-se oEV60 130HP Boost Charge com os mesmos 131 cv, mas agora com uma bateria de 60 kWh que lhe dá uma autonomia de 470 quilómetros e por fim a versão EV60 220HP Optimum Charge com essa mesma bateria de 60 kWh, mas com 220 cv de potência e uma autonomia de 461 quilómetros.
Principais avarias e problemas
Foram registadas algumas unidades com problemas nos amortecedores que em pisos mais irregulares começaram a fazer ruído, problema que leva à substituição destes elementos.
O sistema de infoentretenimento pode necessitar de uma reprogramação devido ao surgimento de alguns bugs no seu funcionamento.
Renault Megane E-Tech (2022-...)
6.5Avaliação
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Pros
Bagageira Equilíbrio dinâmico Sistema de infoentretenimento
Contras
Visibilidade traseira Qualidade de alguns materiais