Aquela que foi a estreia da Citroën no universo dos monovolumes não podia ser melhor. Com o Xsara Picasso a marca francesa conseguiu um produto capaz de ombrear lado a lado com a referência do segmento na altura, o Renault Scénic.
Senhor de uma boa luminosidade interior graças à sua superfície vidrada ser extensa, o Xsara Picasso oferece um interior espaçoso, merecendo destaque o autêntico “corredor” que existe entre os bancos dianteiros devido à inclusão da alavanca da caixa na base da elevada consola central.
Oferecendo uma enorme versatilidade graças à modularidade dos bancos e aos vários espaços de arrumação, este monovolume mostra-se capaz de dar uma boa respostas às necessidades de uma simples ida às compras ou às exigências de uma grande viagem com a lotação esgotada e muita bagagem.
Os materiais escolhidos para o interior podiam ser melhores, mas percebe-se num modelo onde o preço competitivo é um dos seus argumentos.
Confortável graças à suavidade da suspensão o Xsara Picasso inclui uma caixa robotizada como opção elemento que se revela algo lento nas mudanças de relação e isso por vezes não ajuda na facilidade de condução.
Motores
Equipado motores a gasolina gasóleo, o Picasso tem no 1.6 16v a gasolina nas versões de 90 e 95 cv o motor de entrada de gama. Nas opções com o mesmo combustível seguem-se o 1.8 16v com 110 e 117 cv e o 2.0 16v com 137 cv.
Compreensivelmente as opções Diesel foram as mais vendidas e são as mais procuradas no nosso mercado e contam com o 1.6 HDI com 92 cv e 110 cv e o 2.0 HDI com 90cv.
Entre todos a escolha mais equilibrada capaz de proporcionar boas prestações e os consumos mais baixos é o 1.6 HDI, especialmente o de 110 cv que surgiu já no final de vida desta geração do Xsara Picasso.
Principais avarias e problemas
Algumas anomalias de funcionamento no 1.8 16v podem obrigar a uma reprogramação da unidade de gestão. Alguns modelos equipados com o 2.0 HDI sofreram de problemas no common rail que revelou fugas de gasóleo. Nos modelos produzidos até 2002 os apoios do motor revelaram-se pouco robustos.
Verificaram-se alguns casos de necessidade de substituição dos radiadores, ainda dentro da garantia. Os apoios dos amortecedores e por vezes os próprios amortecedores tiveram de ser substituídos por falhas nos apoios. Foram registados casos de bombas da direção defeituosas que levaram à sua substituição.
O sistema de airbags dos modelos fabricados até Abril de 2000 pode revelar erros na sua parametrização o que levou à troca dos airbags laterais numa chamada à assistência que teve lugar a partir de Julho de 2000.
O Skoda Karoq foi lançado pela marca checa como o substituto do Yeti e faz da racionalidade e sentido prático dois dos seus trunfos. Desenvolvido com base na plataforma MQB que também foi utilizada no Volkswagen T-Roc, o Karoq preencheu a gama de SUVs da Skoda posicionando-se entre o mais pequeno Kamiq e o maior Kodiaq.
A Skoda sempre teve na racionalidade uma grande qualidade nos seus modelos, sendo um dos principais pilares dessa racionalidade a relação entre o preço competitivo e o que os seus modelos oferecem e neste Karoq esse facto mantém-se com este SUV a surgir no mercado com um preço competitivo considerando o seu equipamento de série.
Com o interior sóbrio e simples, o Karoq oferece uma boa posição de condução para quem vai ao volante e uma boa ergonomia para os mais variados comandos ao apresentar uma consola central simples, equilibrada e intuitiva. O espaço disponível no habitáculo é generoso e quem viajar nos bancos traseiros não terá problemas de maior. A qualidade de construção é boa e os vários elementos revelam uma boa solidez na sua montagem, infelizmente alguns dos painéis inferiores não têm a mesma qualidade, em termos de materiais utilizados, que os superiores. A bagageira é generosa e oferece 521 litros de capacidade e aqui encontramos alguns detalhes da tal racionalidade Skoda, já que ao abrir a tampa da mala a chapeleira sobe com ela, expondo de imediato todo o espaço de carga.
Em estrada o Karoq mostra-se o companheiro ideal para as deslocações diárias e para as viagens mais longas. Fácil de conduzir ele revela uma suspensão com uma afinação que privilegia a suavidade e lida muito bem com as mais variadas armadilhas no piso. Ao mesmo tempo em auto-estrada ele também se mostra à altura, garantindo um bom conforto para os ocupantes. O verso da medalha dessa suavidade da suspensão é que se o trajeto for mais sinuoso e exigente o Karoq já mostra alguma dificuldade a lidar com os movimentos da carroçaria, mas nada de demasiado complicado e que não seja previsível.
Motores
Em termos de motores o Karoq conta com três unidades a gasolina, o 1.0 TSI com 115 cv de potência, o 1.5 TSI com 150 e o 2.0 TSI com 190 cv. Além destas opções este SUV surge ainda com duas propostas Diesel, o 1.6 TDI com 115 cv e o 2.0 TDI com 150 cv ou 190 cv. Entre todos, a escolha mais racional é o 1.6 TDI pois associa boas prestações a um consumo médio de 4,5 l/100 km de acordo com dados da marca.
Principais avarias e problemas
Este Skoda Karoq padece apenas de alguns problemas com certos bugs nalguns sistemas como o radar de estacionamento ou o sistema multimédia, por exemplo, mas são tudo problemas que são solucionados com uma reprogramação. De resto não foram assinaladas mais anomalias que mereçam especial destaque.
Com o lançamento deste Megane E-Tech Electric a Renault apostou numa proposta 100% elétrica no segmento dos pequenos familiares e apesar de manter o nome dos seus “irmãos” a combustão e híbridos, este Megane é bem diferente deles, por dentro e por fora.
Para começar este Megane utiliza a plataforma CMF-EV do Grupo Renault, desenvolvida para melhor servir de base a modelos totalmente elétricos. Depois olhando para as linhas deste Megane E-Tech elas nada têm a ver com os modelos a combustão. Este cinco portas tem mais ar de crossover do que de hatchback já que é mais alto, mais curto e mais estreito do que o Mégane a combustão.
O interior revela o desenho simples e moderno com os ecrãs digitais a dominarem grande parte da zona do tablier com o painel de instrumentos e o ecrã táctil central a preencherem grande parte dessa área. Alguns materiais utilizados em alguns painéis podiam ser mais refinados na sua qualidade, mas a sua montagem não merece grandes reparos. Um dos pontos que merece destaque é o sistema de infoentretenimento equipado com um processador bem mais rápido que os outros Mégane e um sistema operativo de base Android muito intuitivo e que é compatível com aparelhos Apple. A posição de condução tem várias regulações para que o condutor encontre o seu equilíbrio ideal. Atrás não há uma coluna central a atrapalhar os ocupantes dos bancos traseiros, mas o espaço em largura não é dos mais amplos e a altura também não é das mais desafogadas. Em jeito de compensação a bagageira é uma das maiores do segmento com os seus 440 litros de capacidade.
Com uma direção leve este Megane E-Tech é um modelo fácil de manobrar e o único ponto menos bom é a visibilidade traseira que sai prejudicada pelas dimensões do óculo traseiro. Estamos perante uma proposta muito equilibrada em termos dinâmicos já que consegue ser confortável, mas ao mesmo tempo eficaz quando se exige um pouco dele. O facto de ser um modelo com uma distribuição de peso entre eixos muito semelhante também ajuda muito ao seu equilíbrio.
Motores
O Megane E-Tech conta com três soluções motrizes, a primeira EV40 130HP Boost Charge com 131 cv de potência, uma bateria de 40 kWh e um autonomia de 300 quilómetros, seguindo-se oEV60 130HP Boost Charge com os mesmos 131 cv, mas agora com uma bateria de 60 kWh que lhe dá uma autonomia de 470 quilómetros e por fim a versão EV60 220HP Optimum Charge com essa mesma bateria de 60 kWh, mas com 220 cv de potência e uma autonomia de 461 quilómetros.
Principais avarias e problemas
Foram registadas algumas unidades com problemas nos amortecedores que em pisos mais irregulares começaram a fazer ruído, problema que leva à substituição destes elementos.
O sistema de infoentretenimento pode necessitar de uma reprogramação devido ao surgimento de alguns bugs no seu funcionamento.
Renault Megane E-Tech (2022-...)
6.5Avaliação
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Pros
Bagageira Equilíbrio dinâmico Sistema de infoentretenimento
Contras
Visibilidade traseira Qualidade de alguns materiais