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Quais os tempos de repouso e condução nos veículos pesados

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O cansaço é fator de risco para a segurança rodoviária e se estivermos a falar de condutores que passam horas ao volante, como é o caso de motoristas profissionais, esse fator agudiza-se muito mais. O respeito dos tempos de repouso e condução nos veículos pesados é, por isso, muito importante.

A fadiga e a sonolência ao volante favorecem a ocorrência de acidentes de viação. Quanto maior o cansaço, maior a propensão para o desastre. No caso dos condutores profissionais, cujo escritório é o automóvel, se forem acometidos de cansaço e negligenciarem esse sintoma, a probabilidade de serem atores e vítimas de sinistralidade rodoviária é gigantesco. Menor capacidade de reação, visão periférica reduzida e desconcentração juntam-se para a “tempestade perfeita”.

Como em tudo em vida na sociedade, o cenário ideal seria que cada condutor soubesse adotar a postura correta ao volante e saber quando não deve guiar e quando deve fazer uma pausa na sua condução, antes que seja tarde de mais. Mas este é um tipo de matérias que, no que diz respeito aos condutores profissionais, não são deixadas ao livre arbítrio de cada cidadão e estão devidamente regulamentadas.

Em 1985, o Regulamento CEE nº 3820/85, de 20 de dezembro, veio disciplinar a aplicação em todos os países membros da Comunidade Europeia, dos tempos de condução e de repouso. A este Regulamento devem obediência os condutores e todas as empresas de transportes de passageiros e de mercadorias.

E as empresas de transporte devem organizar o trabalho dos seus condutores de forma a que o Regulamento seja cumprido. Esta legislação estipula que a duração máxima de condução contínua é de 4 h 30 m.

Findo esse período, o condutor deve fazer uma interrupção contínua de, pelo menos 45 minutos, exceto se iniciar um período de repouso. A interrupção contínua pode ser substituída por pausas fracionadas: uma, de pelo menos, 15 minutos seguida de outra, de, pelo menos, 30 minutos. Estas interrupções (pausas) não são consideradas períodos de repouso. Durante as interrupções o condutor não pode efetuar outros trabalhos.

O tempo máximo de condução diária também está definido. A regra geral são 9 horas, com possibilidade de, não mais de duas vezes por semana, poder ser alargado até um máximo de 10 horas. Em termos do período máximo de condução semanal, o condutor pode conduzir durante 6 dias consecutivos, mas respeitando um máximo de 56 horas.

O período máximo de condução em duas semanas consecutivas não pode ultrapassar 90 horas. Ou seja, se numa semana o motorista conduzir 56 horas (o máximo semanal), na semana seguinte só poderá conduzir 34 horas, uma vez que somando ambas se chegará ao limite quinzenal das 90 horas.

Em cada período de 24 horas o condutor deve gozar um repouso de pelo menos 11 horas consecutivas ou, em alternativa gozar em dois períodos, o primeiro de, pelo menos, 3 horas consecutivas e o segundo de 9 horas consecutivas, pelo menos.

O Regulamento define ainda mais algumas regras, mas a tónica subjacente é sempre a mesma: evitar o cansaço nos condutores e prevenir que esse cansaço leva a um acidente.

Com vista a controlar e a registar os tempos de condução e repouso das tripulações dos veículos de transportes rodoviários de mercadorias nacionais e internacionais existe um aparelho de controlo denominado tacógrafo – consiste num aparelho selado, analógico ou digital, de controlo destinado de velocidade, tempos de condução e repouso, distâncias percorridas, assim como certos tempos de trabalho e de descanso dos seus condutores.

Para perceber se os tempos de repouso e condução estão a ser respeitados e a lei a ser aplicada, as forças de segurança fazem operações aos veículos pesados nas quais os registos dos tacógrafos são um dos aspetos fiscalizados.

 

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Daimler comemora um milhão de unidades produzidas do Freightliner Cascadia

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A Daimler Truck AG celebrou um feito significativo com a produção do milionésimo camião pesado Freightliner Cascadia.



Este modelo não é apenas o mais vendido, mas também o primeiro camião da Classe 8 na América do Norte a atingir este número milionésimo de vendas.
O Freightliner Cascadia destaca-se no mercado de camiões comerciais da Classe 8 graças à sua inovação contínua no conforto do condutor, segurança avançada e economia de combustível. Desde o seu lançamento em 2007, o Cascadia melhorou a sua eficiência de combustível em mais de 35%.
Este modelo continua a ser um pioneiro na incorporação de características inovadoras na indústria. Por exemplo, o Cascadia é o veículo base para a iniciativa SuperTruck, um projeto plurianual cofinanciado pelo Departamento de Energia dos EUA (DOE), que está a investigar tecnologias de próxima geração para camiões comerciais pesados e a sua potencial integração em camiões de produção em série.

Além disso, o Freightliner eCascadia elétrico, lançado em 2022, já acumulou mais de 6 milhões de quilómetros percorridos por clientes em mais de 50 frotas nos EUA. Olhando para o futuro, a Daimler Truck North America também concebeu um Cascadia preparado para a autonomia com características de segurança redundantes, incluindo sistemas de travagem e de direção, preparados para funcionalidades de condução autónoma e prontos para a integração de qualquer sistema de condução virtual. O Cascadia preparado para a autonomia está atualmente a ser testado como um camião autónomo em operações reais pela Torc Robotics, uma subsidiária independente da DTNA desde 2019.

  • Primeira geração do Cascadia (2007): o novíssimo Cascadia foi introduzido com a plataforma de motor Detroit Diesel DD15, que oferecia um excelente desempenho, maior economia de combustível e potência líder no sector.
  • Segunda geração do Cascadia ‘Evolution’ (2012): foi lançada a segunda geração da série Cascadia, concebida para aumentar a eficiência do combustível. O lançamento incluiu a introdução da Detroit DT12, uma transmissão manual automatizada que combinava a facilidade operacional de uma transmissão automática com a eficiência de uma transmissão manual.
  • Detroit Connect (2013): A introdução do Detroit Connect trouxe o primeiro conjunto de conetividade instalado de fábrica fornecido pelo OEM para o Cascadia.
  • Detroit Assurance (2015): O Detroit Assurance foi oferecido como o primeiro conjunto proprietário de sistemas de segurança concebidos pelo OEM, integrando totalmente o grupo motopropulsor de Detroit com inovações de condução segura para um nível superior de segurança e desempenho no Cascadia.
  • Terceira geração do Cascadia (2017): A terceira geração do Cascadia introduziu melhorias aerodinâmicas avançadas, características de segurança melhoradas, avanços na conetividade e melhorias no conforto do condutor para satisfazer as necessidades em evolução das frotas e dos condutores.
  • Cascadia de quarta geração com capacidades SAE L2 (2019): Torna-se o primeiro camião pesado de produção em série na América do Norte com melhorias automáticas capazes de controlo lateral (direção) e longitudinal (aceleração/desaceleração).
  • Produção do Freightliner eCascadia (2022): O camião elétrico, inicialmente revelado em 2019 como veículo de teste para clientes, entra em produção em série.
  • SuperTruck II (2023): São introduzidas melhorias contínuas na conceção e aerodinâmica de transportes eficientes através do programa SuperTruck, cofinanciado pelo DOE. O Departamento de Energia dos EUA anuncia também o financiamento do programa Freightliner SuperTruck III, previsto para 2027.

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Camiões ligeiros LN2 da Mercedes-Benz completam 40 anos

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Há 40 anos, a Mercedes-Benz marcou um ponto de viragem no segmento dos camiões ligeiros com o lançamento internacional da série LN2 em Roma.



Esta gama substituiu a série LP, líder de mercado durante quase duas décadas, de 1984 a 1998. Os camiões LN2 destacaram-se pelo seu design moderno e intemporal, antecipando caraterísticas que seriam vistas mais tarde nos camiões maiores, como a série SK a partir de 1988.
Os camiões Mercedes-Benz LN2 foram concebidos desde o início para oferecer um nível mais elevado de segurança ativa e conforto de condução. Com um peso bruto de 6,5 a 13 toneladas e, mais tarde, até 15,24 toneladas, estes camiões abrangem uma gama mais vasta do que os seus antecessores. Os modelos de 709 a 1524 ofereciam variantes cuidadosamente graduadas em termos de peso e potência do motor, com opções que iam dos 90 aos 204 cv, incluindo, pela primeira vez, cabinas de longo curso com compartimento-cama.

Em termos de tecnologia, os camiões LN2 destacaram-se pela implementação de um sistema de travagem a ar comprimido completo e pela opção de incorporar sistemas de travagem anti-bloqueio (ABS), uma novidade para os camiões ligeiros da época. Foram também pioneiros na utilização de pneus de baixo perfil na conceção de veículos comerciais, melhorando significativamente o comportamento e a estabilidade do veículo em todas as condições de carga.
Apesar do seu extenso equipamento de série e dos avanços técnicos, os novos modelos conseguiram superar a relação custo-eficácia da anterior série LP, reduzindo o consumo de combustível e os custos de manutenção e reparação em dez por cento cada. A popularidade destes modelos foi tal que o modelo 814, um camião de 7,5 toneladas e 136 cv, faz agora parte da Mercedes-Benz Trucks Classic Collection.
Desde a sua introdução, os camiões Mercedes-Benz LN2 não só satisfazem as exigências do transporte de curta distância, distribuição e construção, como também satisfazem a crescente procura no transporte de longa distância. Com estas inovações, a Mercedes-Benz assegurou o seu lugar no setor dos camiões ligeiros, adaptando-se às novas necessidades do mercado e estabelecendo novos padrões de qualidade e eficiência de processos.

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