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Mais carros elétricos vendidos na Europa do que na China em 2020

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As conclusões são do analista independente Matthias Schmidt e mostram que, durante os sete primeiros meses do ano, se venderam mais 14 mil veículos elétricos na Europa do que na China. Os números surpreenderam a indústria automóvel, uma vez que o mercado chinês absorveu em 2019 praticamente o mesmo número de vendas da Europa e dos EUA juntos. De acordo com Schmidt, esta grande diferença em termos de vendas explica-se devido ao aumento de incentivos promovidos por uma parte considerável dos governos europeus em contraponto com a desaceleração de benefícios homologados pelo governo chinês.

A aquisição de carros elétricos tem ganho força nas principais economias do mundo e o comportamento do mercado confirma que os consumidores parecem cada vez mais convencidos acerca das vantagens de possuir um carro elétrico em 2020. O relatório do analista alemão mostra ainda que, entre veículos elétricos (VE) e híbridos de carregamento externo (PHEV), as vendas ascendem às 500 mil unidades. Tendo em conta que os últimos dois trimestres do ano tendem a ser mais férteis em termos de aquisição, espera-se que o Velho Continente ultrapasse com alguma margem a marca de um milhão de veículos vendidos durante este ano.

Fonte: Pixabay

As políticas europeias têm convergido no sentido de aumentar a produção e o consumo de veículos elétricos, pelo que esta curva ascendente de vendas tenderá a manter-se nos próximos meses. A atribuição de subsídios e a diminuição de preços teve como objetivo ajudar os fabricantes a manterem a competitividade perante os mercados externos, algo que a China vinha fazendo já há alguns trimestres. De resto, o recuo chinês perante a política de incentivos visa mesmo encorajar as empresas chinesas a adquirirem independência e demonstrarem capacidade para competir apenas com recursos próprios.

Globalmente, a crescente aquisição de carros elétricos demonstra uma acentuada mudança de comportamentos de consumo, que tem fortes raízes no digital e na sustentabilidade. As pessoas trocaram o restaurante pelas suas casas, sendo que a indústria de serviços de entrega online duplicou entre 2017 e 2020 e espera-se que atinja 30 mil milhões de valorização em 2024. Os fãs de jogos de casino trocaram Las Vegas e Macau pelos jogos de mesa online, o que deverá atingir 127 mil milhões de dimensão até 2027 à boleia da popularidade dos jogos mobile. No setor do streaming de música, o mercado cresceu 32% em 2019 e o consumo através do Spotify, da Apple Music ou da Amazon Music suplanta por larga margem os concertos ou a venda de CD ou vinil.

 

Fonte: Pixabay

Esta alteração de hábitos verifica-se também no segmento dos veículos elétricos, onde a Tesla está cada vez menos sozinha. De resto, a empresa liderada por Elon Musk tem sentido algumas dificuldades para acompanhar o volume de produção requerido e a Volskwagen está na pole position com o seu Volskwagen ID.3 para açambarcar a liderança neste setor. O aparecimento de novos fabricantes é muito importante para a maturação do mercado dos carros elétricos, uma vez que existe ainda muita margem de crescimento no continente europeu. Atualmente, por cada 50 carros vendidos, apenas um é elétrico e as políticas fomentadas por governos como o francês e o alemão visam aumentar a percentagem de veículos elétricos que circulam nas estradas europeias.

A ascensão dos carros elétricos também tem acontecido em Portugal, vislumbrando-se um aumento de 69% nas vendas de 2019, quando a indústria automóvel até registou uma quebra de 2%. Os altos custos de aquisição revelam-se um entrave para o consumidor português e impedem uma massificação maior deste tipo de veículo em terras lusitanas. Ainda assim, os benefícios dos carros elétricos chamam já atenção de uma franja significativa dos portugueses e entende-se que o alto investimento é diluído facilmente nos anos seguintes à aquisição. Nesta base, espera-se que Portugal siga a tendência de vendas europeia.

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Mini apresenta dois John Cooper Works elétricos

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Aquela que é a versão mais desportiva da Mini, os modelos John Cooper Works, vai também passar a ser totalmente elétrica.



Esta estreia na marca foi revelada no Salão Automóvel de Paris e abrange dois modelos, o John Cooper Works (JCW) Electric de três portas e o JCW Aceman de cindo portas. Estes contam com um motor elétrico capaz de debitar 258 cv de potência e 350 Nm de binário e de uma bateria com 49,2 kWh que se estima permita uma autonomia de 371 quilómetros para o Electric e de 355 para o Aceman. Além desta potência, um botão ativa o modo “go-kart” que disponibiliza ao condutor mais 27 cavalos de potência por um curto período de tempo.

Em termos dinâmicos estes dois JCW continuarão a ser alvo de um “tratamento especial” e para condizer com o novo “coração” elétrico estes dois modelos contam com uma suspensão mais desportiva e um sistema de travagem também ele mais “mordaz” para continuar a fazer dos JCW os modelos mais divertidos e interativos da Mini.

De momento a mini não avançou com mais detalhes sobre quando estes dois modelos começarão a ser comercializados, nem qual será o seu preço final.

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Brembo comprou a Öhlins

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Numa operação que vai juntar dois gigantes do mundo motorizado, a Brembo anunciou a aquisição da Öhlins num negócio de 405 milhões de dólares.



A Brembo, a bem conhecida empresa italiana especializada em sistemas de travagem adquiriu a Öhlins, a empresa sueca que é uma das maiores especialistas mundiais em suspensões. Neste negócio a Brembo irá pagar 405 milhões de dólares, qualquer coisa como 370 milhões de euros para a aquisição da Öhlins.

Para Matteo Tiraboschi, Presidente Executivo da Brembo, esta operação é “uma grande oportunidade para expandir as nossas ofertas para o mercado automóvel. Com esta adição, damos mais um passo em frente na nossa estratégia de fornecer soluções inteligentes integradas aos nossos clientes, aproveitando sinergias em tecnologias chave na parte do veículo”. Já do lado da Öhlins, o CEO Tom Wittenschlaeger, refere que o entusiasmo é grande “por desbloquear novas oportunidades de crescimento e aproveitar as nossas respetivas forças e ativos para impulsionar a inovação e proporcionar ainda mais valor aos nossos clientes e colaboradores”.

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