Manutenção Motos
Escolha bem a capa para a sua moto
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6 meses anteson
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Pedro GriloCom o outono e inverno é normal que muitos motociclistas optem por resguardar as suas motos, tanto na garagem como fora dela, protegendo-as do mau tempo e para isso nada melhor que uma boa capa. Aqui lhe trazemos alguns pontos que deve ter em consideração para escolher bem a capa para a sua moto.
Há vários elementos que são prejudiciais ao bom estado da sua moto, esteja ela na rua ou numa garagem e que devem ser levados em linha de conta na escolha da capa para a sua moto:
Chuva
É a preocupação mais comum de quem tem uma moto, não apenas quando conduz à chuva como quando deixa a moto estacionada à chuva. Com o passar dos dias a água, com o tempo, irá infiltrar-se por toda a moto, podendo afetar elementos mecânicos e elétricos e também o próprio aspeto da moto pois pontos de ferrugem podem não ser críticos em termos de mecânica mas “corroem” a estética da moto. Basta um inverno à chuva na rua para uma moto nova perder logo muito do seu charme.
Para quem tem garagem esta preocupação deixa de ser tão relevante, mas para quem tem de deixar a moto na rua, então é importante avaliar bem as capacidades de impermeabilização da capa que vai escolher.
Humidade
Se a chuva não preocupa muito aqueles que guardam a moto na garagem, já a humidade pode ser um problema. Infiltrações são comuns nas garagens e isso faz com que a moto fique sempre sujeita à presença de humidade que irá tratar de fazer os seus estragos. Ferrugem e mofo podem começar a surgir e nalguns casos o sistema elétrico pode começar a ressentir-se da presença constante de humidade. Daí ser importante que a capa também seja feita num material respirável de forma a evitar a acumulação da humidade na moto.
Pó
O pó e a sujidade são elementos constantes tanto numa garagem como no exterior. Nas garagens de um prédio, por exemplo, o pó fino tem o dom de acumular em todo o lado, por isso usar uma capa é determinante para não ter de perder tempo a limpar a moto de cada vez que a vai utilizar. Além disso, a presença de humidade pode potenciar os maus efeitos do pó que não só se acumula nos cantos mais ínfimos da moto com se “agarra” a eles.
Sol e calor
Uma moto que fique estacionada na rua sofre tanto com a chuva e o frio como com o sol e o calor. Os raios UV atacam a pintura da moto e com o tempo irão retira-lhe o brilho e a própria cor. Também o calor pode causar danos na moto, especialmente nas peças plásticas que podem ficar ressequidas e estalar, podendo mesmo cair nalguns casos. Por isso uma capa com uma boa proteção UV é essencial para quem tem de deixar a sua moto estacionada na rua.
No fundo quem tem uma garagem para guardar a moto não tem de se preocupar tanto com as características de impermeabilização ou proteção UV da capa que escolher, mas tem de estar atento à sua proteção contra o pó e especialmente a humidade. Já quem deixa a moto na rua tem de se preocupar com todos estes fatores pois a moto está muito mais exposta ao clima e à sujidade e também aos olhares do alheio. Sim, porque uma capa não é uma proteção anti-roubo, mas esconde que moto está estacionada. Pode ser uma moto cara ou uma “velharia” barata e por isso o ladrão de oportunidade possivelmente vai deixar passar, optando por um “prémio” mais apetitoso.
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Conduzir uma moto é um prazer e uma tarefa exigente aos mais variados níveis. Para melhorar o seu domínio da moto há várias opções para que possa apurar o seu controlo da máquina e o seu comportamento na estrada, o resultado será sempre um maior conhecimento e isso será sempre sinónimo de uma maior segurança e confiança com a sua moto.
Conduzir uma moto é sempre um permanente processo de aprendizagem, seja o motociclista recém encartado ou um experiente viajante com muitos anos de estrada em duas rodas. Além de toda a experiência que dão os quilómetros feitos na estrada, há sempre formas de melhorar a condução e o domínio de uma moto apetrechando o motociclista com mais ferramentas para melhor lidar com a máquina e com os mais variados desafios que andar de moto coloca a quem vai aos seus comandos.
Aqui ficam alguns conselhos para melhorar a condução de moto:
Cursos de condução
Mesmo depois de tirar a carta de moto o motociclista deve continuar a melhorar a sua técnica e à vontade no domínio de uma moto. Há várias entidades que proporcionam cursos de condução avançada onde poderá aprender mais com formadores especializados, aprendendo várias dicas de segurança ou de controlo por exemplo. Tudo isso feito num ambiente controlado e com exercícios específicos que simulam situações desafiantes para o motociclista.
Pratique manobras a baixa velocidade
No meio dos motociclistas é normal ouvir a frase “desde a escola de condução nunca mais fiz um oito”. O “oito”, essa manobra essencial para passar no exame da carta de condução e que serve para testar o domínio da moto por parte do motociclista. Volte a fazer “oitos”. Num tempo que tenha disponível vá até um parque de estacionamento com espaço e em segurança volte a testar a sua destreza e domínio em manobras de baixa velocidade como um “oito” ou uma inversão de marcha. Aproveite e convide um amigo para tornar o desafio menos solitário e mais divertido.
Track-day ou todo-o-terreno
Variar de forma “quase radical” as circunstâncias em que anda de moto vai levar o seu conhecimento ao extremo e apresentar-lhe situações novas que farão com que saia da sua zona de conforto e com isso ampliar o seu conhecimento da dinâmica e comportamento de uma moto (quiçá a sua se for possível utilizar a sua moto). Por isso experimentar conduzir num track-day, experimentado a realidade de uma pista, ou fazer um curso de condução fora de estrada, onde terá de lidar com as dificuldades de pisos sempre a mudar, são ótimas oportunidades para alargar o seu conhecimento e experiência. Sair do conforto dos trajetos conhecidos, ou do ambiente de viagem em auto-estrada sempre igual, irão ajudá-lo a ser um melhor motociclista.
Volte a conduzir com todos os preceitos
A condução de uma moto de forma regular pode criar um conjunto de “maus hábitos”. Para que estes não se tornem um problema para a sua condução tire um dia para conduzir como se estivesse no exame de condução. Com todos os cuidados, verificando os ângulos mortos olhando por cima do ombro, nunca falhando nenhum pista, antecipando reações, usando bem os espelhos. No fundo meta na cabeça que nesse dia vai tentar conduzir de forma 100% correta. Depois de cada cruzamento, mudança de faixa, ultrapassagem, ou qualquer outra manobra faça uma auto-crítica e veja se fez tudo corretamente ou se podia melhorar algum aspeto nessa manobra.
Comente a sua condução
Comentar a sua própria condução, quase como se fosse um relato de futebol, pode parecer estranho, mas é um truque que fará com que não conduza em modo “piloto-automático” em que o motociclista reage mecanicamente mas a cabeça está noutro lugar que não na condução. “Curva ligeira à direita, baixar uma mudança, travar ligeiramente, definir a trajetória, negociar a curva, agarrar a moto com a aceleração”. Este “relato” de uma curva é um exemplo do que pode fazer mentalmente e ao fazê-lo estará totalmente focado na moto, na estrada e no ambiente rodoviário que o rodeia, o que melhorará os seus índices de concentração no próprio processo de conduzir.
Andar de moto com um passageiro implica um conjunto de cuidados adicionais e se o passageiro não tiver experiência a andar de moto com alguém então é preciso ter ainda mais atenção.
Para que tudo corra da melhor forma e para que a viagem a dois seja uma boa experiência para ambos aqui lhe deixamos algumas dicas importantes para viajar de moto com um passageiro:
Equipamento
A experiência de andar de moto à pendura começa ainda antes de chegar à própria mota e é importantíssimo que o passageiro vá corretamente equipado, tal como o condutor. É sabido que o capacete é essencial e obrigatório, mas quem vai atrás na moto também deve levar luvas blusão com proteções e um calçado adequado. Tudo começa na segurança.
Comunicar
A comunicação é determinante para que tudo corra bem. Primeiro, se o passageiro é inexperiente é importante explicar “o básico” antes de iniciar a viagem. Falar da inclinação da moto em curva, do movimento do corpo quando se trava e de como tudo isso são sensações novas, mas que não devem assustar. Por outro lado, estabelecer um código de sinais para que quem vá aos comandos da moto saiba como se está a sentir o pendura como toques no ombro ou o conhecido sinal do polegar com a mão. Há ainda a possibilidade de montar um sistema de intercomunicadores nos capacetes, o que ainda simplifica e clarifica mais a comunicação.
Subir para a moto
Pode parecer uma coisa simples, mas também tem “a sua ciência”. O passageiro deve subir do lado esquerdo da mota com o condutor a garantir que esta ainda está no descanso pois se o banco for muito alto, o pendura terá de apoiar o pé na peseira para subir, o que desequilibra a moto. Assim com o descanso ainda em posição garante-se que não há azares logo no início da jornada.
Quais os pontos para o pendura se agarrar
Em função da moto o pendura pode agarrar-se às pegas que esta disponibiliza no banco ou nas laterais, ou então agarrar-se à cintura de quem vai aos comandos. Convém explicar tudo isso muito bem e se a moto o permitir o melhor é o pendura com uma mão agarrar uma pega e com o braço a cintura do condutor, ficando assim com dois pontos de apoio.
Faça um ensaio
Antes de se fazer à estrada c«para umas dezenas ou centenas de quilómetros com o passageiro, se este for inexperiente dê antes umas voltas ao quarteirão para que este sinta o comportamento da moto, perceba um pouco o que deve fazer e ganhe alguma confiança. Com essas voltinhas “quebra-se o gelo” e os receios iniciais naturais do pendura.
Cuidados de quem vai ao comando
Se vai viajar com pendura a primeira coisa que o motociclista tem de fazer é verificar o bom estado da moto, a pressão dos pneus e a afinação da suspensão prevendo o aumento de peso que a moto irá ter. Se nunca andou com um passageiro e também nunca foi um passageiro, faça um pequeno teste e ande no banco de trás de uma moto com alguém a conduzir e perceba o que sente um pendura. Assim perceberá melhor as suas necessidades e dificuldades. O estilo de condução também é importante para dar confiança ao passageiro. Opte por uma condução suave, confortável, previdente e segura, aumentando as distâncias de segurança e sendo previdente. Não se esqueça que seguindo com mais peso a moto naturalmente muda o seu comportamento na travagem e na aceleração e o condutor deve ter plena consciência disso.
Pare com regularidade
Fazer paragens para descanso na viagem é muito importante. Primeiro para retemperar forças, segundo para perceber como está o passageiro a reagir à viagem, se está confortável, se está a gostar ou se é preciso mudar alguma coisa e por fim porque se o pendura é inexperiente ele ainda não terá o corpo “adaptado” a andar de moto e por isso convém que o corpo descanse pontualmente durante a viagem para que esta não seja demasiado dura e desagradável para ele.
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