No último sábado o Grupo de Acção Motociclista (GAM) trouxe novamente os motociclistas para a rua em manifestação contra a lei que implementa as inspeções periódicas obrigatórias para os motociclos.
Pela quarta vez os motociclistas saíram à rua nas cidades do Porto, Coimbra, Lisboa, Faro e Funchal para demonstrar o seu desagrado com a lei das inspeções periódicas para motos. Entre os manifestastes estava José Amaro, o Presidente do Motoclube de Faro que, em declarações ao jornal Público, refere ainda ter alguma fé que a lei seja revertida e que “haja bom senso das entidades competentes”, mas, ao mesmo tempo, também mostra um grande ceticismo pois no seu entender “estas entidades são totalmente incompetentes pois põem pessoas a tratar de assuntos de que não estão a par, não são motociclistas nem os motociclistas tão pouco tiveram uma palavra a dizer nessa legislação que eles aprovaram”.
De acordo com o seu manifesto sobre o tema das inspeções, o GAM apresentou um conjunto de factos e estudos que, segundo esta organização, fazem cair por terra a argumentação do governo que levou à criação e implementação da lei. O argumento de que parte da sinistralidade rodoviária e a perda de vidas humanas no mundo das duas rodas tem como base a falha técnica do motociclo é desmontado pelos resultados obtidos nos estudos realizados em França e também em todo o espaço europeu. Estes dizem que apenas 0,3% a 0,4% dos acidentes com motos se devem a falha mecânica da mesma.
Enquanto nada mudar em relação a esta lei os motociclistas prometem continuar as ações de protesto.