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Mitsubishi Pajero – O Sr. Dakar
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Motor GuiaComeçou por servir o imperador do Japão sendo o primeiro veículo japonês com motor Diesel. Para conhecer o resto da história do Pajero terá de “mergulhar” nas próximas linhas.
Segunda Geração (V20: 1991–1999) A segunda guerra mundial marca o início da história dos 4×4. O Jeep Willys tornava-se assim a referência a seguir por todos os concorrentes. Contudo muito antes, em 1934, a Mitsubishi criou o primeiro veículo japonês, Diesel e com tração 4×4, que serviu inclusive o imperador japonês.
Com o tempo o know-how foi aumentando culminando numa das gamas 4×4 mais completas do mercado que atingiu o seu auge na segunda metade dos anos 90. Em 1991 a Mitsubishi lança a segunda geração do Mitsubishi Pajero, também conhecido noutros mercados como Shogun (Reino Unido) ou Montero (Espanha e Continente Americano).
Em Portugal e dadas as restrições a nível de impostos e importações do país do sol nascente esta segunda geração só fica disponível a partir de 1994. Apresenta-se com linhas mais suaves e perde o aspecto rústico da primeira geração. É uma profunda mudança que o torna muito mais atraente, confortável, com melhor desempenho dinâmico e também mais equipado.
Nessa altura apenas está disponível o motor Diesel 2.5 Turbo Intercooler de 99 cv/4200 rpm e 240 Nm de binário às 2000 rpm, que cumpria os tradicionais 0-100 km/h em 16,2 s. Apesar dos números não serem encorajadores, a caixa de velocidades bastante curta permitia andamento desafogado e recuperações de velocidade de bom nível, com claro prejuízo para os consumos, sendo que a marca anunciava entre os 8,8 e os 13,5 litros/100 Km, mas na realidade os consumos podiam subir acima dos 14/15 litros a ritmos mais despachados. E é precisamente quando se retira o sumo todo do chassis que o Pajero começa a mostrar o porquê de dominar o Rally Paris-Dakar anos a fio.
Nesta segunda geração a distância entre eixos aumentou, o trem posterior foi redesenhado alterando a sua geometria contando com um eixo rígido suportado por molas helicoidais e amortecedores telescópicos, barra Panhard e barra estabilizadora, na frente viu o curso aumentar e contava com um suspensão independente com braços sobrepostos, amortecedores telescópicos e barra estabilizadora. Ganhou em precisão e eficácia sem os típicos adornar deste tipo de viaturas mantendo um excelente compromisso entre comportamento e conforto. A juntar a isto contava já com travões de disco às 4 rodas sendo ventilados os dianteiros, bastante progressivos e eficazes dado o peso de cerca de 1800 kg.
Contudo, onde o Pajero começa a distanciar-se da concorrência e a marcar efetivamente pontos, mostrando todo o know-how da marca nipónica, é no capítulo da transmissão. De série a versão GLX (existia uma versão de entrada denominada GL com pouca expressão no nosso mercado) montava pela primeira vez a famosa transmissão Super Select 4WD (SS4). Esta transmissão total permanente coloca o condutor no centro da acção, sendo que este poderia optar por vários modos de condução. Basicamente, o sistema baseia-se no diferencial central de acoplamento viscoso que permite passar de 2wd para 4wd e vice-versa, sem necessidade de parar o veículo e pode ser feito até 100 km/h. Por outro lado, permite condução com apenas 2 rodas motrizes (2H), apta para estrada seca ou para poder usufruir do prazer de condução em RWD, 4 rodas motrizes (4H) especialmente para asfalto escorregadio e por fim, 4 rodas motrizes e bloqueio do diferencial central (4CD Lock), específico para rodar fora de estrada na grande maioria dos pisos e, por fim, 4 rodas motrizes com engrenagem das redutoras que permite retirar todo o binário do motor a baixas velocidades e conseguir passar os obstáculos mais complicados. Contudo, estas posições da caixa requeriam que fosse o condutor a accionar a alavanca específica para que tal acontecesse. Deste modo, o Pajero era fácil de conduzir, dava segurança ao seu condutor, mas principalmente não convém esquecer que é um jipe da velha guarda e não temia as zonas mais trialeiras que encontramos pelo nosso país fora.
Em 1995 ocorre a primeira atualização desta segunda geração e regista-se a entrada da versão de topo GLS que contava com suspensão regulável em dureza com 3 posições, ABS MultiMode em opção, versões de 5 portas, sendo que estas últimas com o nível de equipamento GLS poderiam ter cruise control, versão descapotável, também disponível de série na versão GLS, o muitíssimo importante bloqueio a 100 % do diferencial central que unido à transmissão Super Select tornava o Pajero como o mais evoluído a nível flexibilidade e de adaptabilidade do trem motriz. A versão GLS contava, entre outros, com bancos que permitiam regular o amortecimento e claro está a grande estrela em Portugal nesta altura era o novo motor de 2800 cc Turbo Intercooler que debitava 125 cv às 4000 rpm e atingia um binário máximo de 298 Nm às 2000 rpm, cumprindo os 0-100km/h em 15s. Esta versão contava com ângulos de desempenho superiores ao 2.5 TD por montar a carroçaria nuns apoios mais altos para permitir a instalação do novo motor e caixa. Foi ainda disponibilizado no mercado nacional a versão 3.5 V6 com 208 cv às 5000 rpm e um binário máximo de 300 Nm às 3000 rpm cumprindo os 0-100 km/h em 9,5s.
Em 1998 a Mitsubishi faz um novo restyling ao modelo afastando-o das imitações estéticas que por exemplo Land Cruiser e Nissan Terrano II tinham adotado a nível de aspecto de carroçaria, nomeadamente pinturas bicolores e as cavas da roda com alargadores plásticos. Deste modo a Mitsubishi cria o Pajero Abas largas substituindo tudo o que era aba plástica por painéis metálicos alargados inspirados nos veículos que venciam o Dakar nessa mesma altura. Para manter a sua hegemonia no Dakar a Mitsubishi, e por questões de homologação, produz uma pequena série de 2500 unidades do derradeiro Pajero. Este é apelidado de Evolution, termo já usado nas versões que corriam no WRC e sofre alterações profundas.
O V6 naturalmente aspirado com 3,5 litros de capacidade, 24 válvulas, duas árvores de cames à cabeça além do novo sistema MIVEC, que mais que não era que o comando de abertura variável das válvulas. A potência chega nos 280 cv e o binário aos 348 Nm. Contudo, estes valores são teóricos pois na prática suspeitava-se de algo mais pois rubricava prestações dignas de registo: 8,5 s dos 0-100km/h e 210 km/h de velocidade máxima. Disponibilizava também uma nova caixa de velocidades apelidada de INVECS-II com comando sequencial Tiptronic. A nível de chassis contava já com uma suspensão traseira independente. No interior condutor e acompanhante iam bem sentados numas exclusivas backets Recaro forradas a alcântara.
Mas voltando de novo à terra e à questão dos usados em Portugal que são mais apetecíveis centremo-nos nos 2.5 e 2.8 Turbo Diesel ambos Intercooler. Convém referir que qualquer das versões do Pajero V20 são deveras fiáveis e os registos que existem de avarias a nível de motor prendem-se mais com o facto dos abusos que algumas unidades sofreram a nível de aquecimentos que acabam normalmente com a junta da cabeça queimada, sendo que o 2.8 TD acaba por ser mais sensível que o 2.5, contudo o 2.5 usa correia de distribuição e o 2.8 usa corrente de distribuição. Contudo o mais importante é perceber a idade destas viaturas e não há milagres como tal em caso de estar interessado neste modelo guarde sempre algum valor para a manutenção pós-compra.
A versão desejada é a 2.8 GLS abas largas curta ou longa, conforme as aspirações dos donos e o uso que lhe pretendem dar. Esta conta com a transmissão super select que incluí o bloqueio do diferencial central e traseiro que dão uma preciosa ajuda fora de estrada e fazem toda a diferença para as versões mais despidas. A versão curta 2.8 GLS contava com respeitável ângulo de ataque de 40,5º e um ângulo de saída de 37,5º, que lhe dava adaptabilidade e performances em todo terreno trialeiro excelentes.
Em resumo, este Pajero II reunia o melhor de dois mundos sendo um dos jipes mais completos da sua época, batendo-se de igual para igual nas versões mais potentes e equipadas com o Mercedes G, Range Rover P38, Patrol GR entre outros, com uma oferta menos onerosa mas bastante válida, muito por culpa de uma gama bem estruturada com possíveis escolhas de carroçarias, equipamentos e motores que o tornavam numa viatura apta a enfrentar qualquer rival. No entanto, o preço era algo elevado mas perfeitamente justificável. A versão 2.8 GLS de 5 portas ultrapassava os 8000 contos (40.000 euros) em 1995.
Texto e fotos: Alexandre Carvalho
Veja mais vídeos deste Mitsubishi Pajero no canal Youtube “Espírito TT”:
https://www.youtube.com/user/TerranoII
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A sonda Lambda é um elemento determinante para o correto funcionamento do motor de um automóvel e para a manutenção dos valores de emissões poluentes anunciados pelo construtor para esse mesmo veículo. Como qualquer outro componente pode deixar de funcionar corretamente e aqui lhe indicamos alguns dos sintomas.
A sonda Lambda é um elemento localizado no sistema de escape que ao fazer a medição dos valores de oxigénio presentes nos gazes de escape vai permitir aferir o nível das emissões do motor de combustão. Esses dados são transmitidos à centralina do motor que faz os ajustes necessários na alimentação afinando a mistura entre ar e combustível para assegurar o correto rendimento do motor e garantir o valor mais baixo possível de emissões poluentes. Quando a sonda Lambda deixa de funcionar em condições há alguns indicadores que podem dar o alerta para esse problema:
Luz do motor
O sinal mais “visível” de que algo pode estar mal com a sonda Lambda é o acendimento da luz do motor no painel de instrumentos do seu veículo. Ao indicar um problema no motor esse alerta pode ter origem na sonda Lambda pelo que deve recorrer a um técnico especializado para fazer o diagnóstico se é que a situação está mesmo relacionada com a sonda e tratar da eventual reparação.
Perda de potência
Num campo mais sensitivo, pode começar a sentir que a resposta do seu carro ao acelerador já não é a mesma, mais lenta e menos vigorosa. Esta sensação pode indicar uma perda de potência que pode ser o resultado de um problema com a sonda Lambda que está a dar valores errados à centralina que por seu turno está a controlar a alimentação de forma inadequada, prejudicando o rendimento do motor.
Aumento do consumo
Se começar a reparar que o seu carro está a gastar mais combustível, fique atento pois isso também pode ser um sintoma de que a sonda Lambda está a funcionar mal. Mais uma vez a sonda pode estar a “informar” mal a centralina que ajusta a alimentação, levando a que o carro gaste mais para manter o mesmo rendimento de potência. Aqui é possível que não sinta alterações na resposta do motor ao acelerador, mas sentirá diferenças no manómetro do depósito de combustível.
Emissões poluentes mais elevadas
Uma falha na sonda Lambda pode naturalmente provocar um aumento nas emissões poluentes do seu automóvel, aumento esse que poderá ser detetado apenas quando for à inspeção periódica e que certamente resultará no chumbo do veículo.
Convém que sempre que se detete um problema esta seja vista por um técnico especializado, pois estes sintomas que o condutor pode detetar também podem ter origem noutras anomalias com a linha de escape como uma fuga na mesma, ou um catalisador também com problemas, por exemplo. Estes fatores irão fazer com que as medições da sonda Lambda estejam erradas apesar de ela estar a funcionar corretamente. Para garantir a maior durabilidade deste componente convém que o veículo faça as revisões a tempo e horas e que o condutor esteja atento às pequenas diferenças no comportamento do seu carro. No fundo, é ter uma atitude que não só irá assegurar uma maior longevidade da sonda como de muitos outros componentes do automóvel, o que a longo prazo representará uma boa poupança em reparações.
Manter o interior do carro com o mínimo de limpeza e arrumação é importante não apenas por questões de aspeto, mas também por questões de segurança. Por isso aqui lhe deixamos o alerta para algumas situações que podem ocorrer se o habitáculo estiver numa “bandalheira”.
Por vezes por distração, falta de tempo, uma ausência prolongada, ou mesmo por falta de atenção com a arrumação, o habitáculo fica repleto dos mais variados objetos e isso não é nada benéfico para o condutor, para os demais ocupantes e até para o próprio carro.
Objetos soltos
Fazer do carro uma espécie de arrecadação não é a melhor ideia. Ter brinquedos espalhados, equipamento desportivo como bolas ou patins, um guarda-chuva, ou uns óculos de sol tudo solto no habitáculo pode ser um perigo em caso de uma travagem brusca ou até mesmo de um acidente. Em caso de uma paragem brusca os objetos soltos pode ser projetados e ganhar um peso até 20 vezes superior ao seu peso real e isso pode causar lesões nos ocupantes. A título de exemplo, imaginemos um portátil 20 vezes mais pesado a “voar” em direção ao nós e facilmente se percebe a capacidade que tem para causar danos físicos consideráveis.
Restos de comida
Embalagens ou latas de refrigerante esquecidas, restos de comida ou migalhas não são bons companheiros de viagem. O primeiro risco que se corre é o surgimento de odores, não se esqueça que um carro pode atingir temperaturas muito elevadas no seu interior e isso acelera a degradação dos restos de comida. Um mau cheiro pode tornar-se algo muito difícil de remover. Pode entranhar-se no tecido dos bancos, no seu estofo, embrenhar-se nas condutas de ar e com o passar do tempo é complexo remover o odor. Além disso se for vender o carro, um mau cheiro no interior certamente não ajudará à venda.
Por outro lado, uma lata de refrigerante solta no chão do carro pode sempre resvalar para debaixo de um do pedal do acelerador ou do travão e complicar bastante a tarefa ao condutor. Pode parecer difícil ou impossível de acontecer num modelo ligeiro, mas se imaginarmos um monovolume ou um furgão e considerarmos que os azares acontecem… então é melhor deitar a lata no lixo atempadamente.
Seres vivos indesejáveis
Os restos de bebidas ou de comida têm ainda outro inconveniente além dos odores, das manchas ou das zonas pegajosas que podem deixar, é o surgimento de uma fauna que não é muito desejável dentro do automóvel. Para começar pode atrair pequenos insetos como formigas, mosquitos ou aranhas, mas o pior está no reino que não é visível ao olho humano: as bactérias. Em média as bactérias duplicam o seu número a cada vinte minutos que a comida esteja exposta à temperatura ambiente, mas como é normal um carro atingir temperaturas superiores essa cadência de multiplicação de bactérias pode aumentar bastante. Um estudo da Universidade de Aston em Birmingham, no Reino Unido refere que no interior de um carro pode encontrar-se um nível de germes significativamente superior ao que se encontra numa casa de banho “normal”.
Cuidado e limpeza regular
Para evitar estes riscos o máximo possível tudo começa por ter um mínimo de cuidado na arrumação do habitáculo e evitar objetos soltos. Além disso convém não acumular lixo ou restos esquecidos e se bebe ou come algo deitar os restos ou embalagens no lixo respetivo. Por fim é importante criar uma rotina de limpeza do interior do carro de forma a mantê-lo sempre com um nível de arrumação e higiene mínimos.
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