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TERRANO II – O “Best Seller”
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6 anos anteson
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Motor GuiaPara se ter uma ideia, há duas décadas atrás (1998) nos primeiros seis meses do ano tinham-se comercializado em Portugal qualquer coisa como 6000 jipes novos, sendo que 75% das vendas incidiam apenas em 6 modelos, estando o Nissan Terrano II entre os 3 primeiros da tabela.
O projeto que tinha visto a luz do dia em 1993, recebeu um upgrade de potência, na motorização diesel em 1997, representando este motor a fatia mais importante de vendas no mercado europeu.
Apresentado pela marca como o mais estradista dos todo-o-terreno, assumiu um papel importantíssimo no panorama nacional do todo-o-terreno, ganhou notoriedade pelas expedições que foram levadas a cabo um pouco por todo o globo, desde a América do Sul até à Ásia, sem esquecer, claro está, África em variadas Expedições ou ainda na competição com o Troféu Nissan Terrano II onde foi um dos protagonistas durante vários anos das provas de TT em Portugal.
Tudo isto sempre sobre a égide do Eng. José Megre. Sem qualquer desmérito para os outros modelos, a notoriedade que o Terrano II teve em Portugal e a importância neste meio só pode ser comparada à que a UMM tinha tido uns anos antes; muito mais haveria a dizer sobre a história do TT em Portugal nos anos 90, mas isso ficará para outra ocasião.
Voltando ao Nissan Terrano II que foi rejuvenescido e actualizado em 1997 cabe-me dizer que se tornou num produto deveras cobiçado pois a relação preço/equipamento/motorização era de facto muito apelativa, o que associada à áurea de fiabilidade que a marca tinha na altura, fez dele um dos modelos mais vendidos e rentáveis à época dentro da gama construtor nipónico sendo muito apreciado pelo público em geral. Público esse que não foi defraudado pois atualmente ainda existem em circulação milhares de unidades em boas condições e de reconhecida fiabilidade.
Apesar do aspecto mais citadino que os “quadradões” jipes da época, este Terrano II, debaixo da carroçaria desenhada pelos Estúdios I.D.E.A. em Itália e desenvolvido pelo Centro de Tecnologia Nissan, não deixou os seus créditos TT por mãos alheias. Debaixo da bonita carroçaria “escondia-se” o eterno chassis utilizado no Nissan Terrano I ou Pathfinder, como era conhecido por exemplo nos Estado Unidos, onde foi um sucesso de vendas. O referido chassis era composto por travessas em aço soldadas e contava com suspensão traseira por eixo rígido, molas helicoidais, barra Panhard e barra estabilizadora, sendo que na frente contava com a muito em voga nessa altura, suspensão independente de triângulos sobrepostos, que usava barras de torsão como elementos elásticos, sendo completada também com uma barra estabilizadora. Ambos os trens usavam amortecedores telescópicos.
A transmissão recorria a um sistema parcial 4×4 sem diferencial central, que apenas permitia o seu uso em pisos mais escorregadios, como a grande maioria dos jipes da sua altura. Contava com cubos de engrenagem automática na dianteira, caixa redutora e um diferencial traseiro autoblocante.
Montava discos ventilados na frente e tambores auto-ajustáveis em função da carga na traseira. Quanto a motores utilizava o famigerado e fiável motor Turbodiesel de 2663 cc que produzia 100 cv. Este motor é de uma grande fiabilidade tendo sido inclusive utilizado, na sua versão atmosférica, nos célebres táxis londrinos. Contudo, a versão em análise é a apresentada em 1997 que contava já com um upgrade importante a nível de potência e binário, isto após a adopção de um intercooler e injecção electrónica. Ganhando cerca de 25% em potência e outro tanto em binário, perfazendo valores de 125 cv às 3600 rpm e 28,4 kgm às 2000 rpm, transformando o carácter do veículo e mantendo inclusive consumos mais diminutos que na versão anterior de 100 cv. O Terrano II contou ainda com um motor 2.4i de 124 cv, com pouca expressão nas vendas globais e ainda um motor 3.0 Di de 154 cv de última geração originário do Patrol GR, isto mesmo na reta final de vida do modelo. As motorizações 3.0 Di apenas foram lançadas em Portugal nas versões comerciais de 3 portas e 2 lugares devido a alteração do IA nessa altura.
Voltando à geração lançada em 1997, exteriormente distinguia-se pelos novos faróis redondos que integravam na óptica faróis de nevoeiro em todas as versões e contavam inclusive com lava-faróis nas versões de topo e também pela nova abertura no capot para refrigerar o intercooler. Todas as versões contavam com alargamentos das cavas das rodas em plástico que permitiam albergar pneus de maiores diâmetro e largura que cresceram para a medida 235/75 R15, para-choques redesenhado na frente e traseira, sendo que o traseiro contava com um degrau que permitia aceder ao tejadilho se fosse caso de se usar carga no tejadilho, entre outros pormenores.
A nível de interiores o Nissan Primera serviu como “navio almirante” no que a termos de design se refere. Desde a disposição do tablier, comandos dos vidros e materiais empregues, os engenheiros da Nissan Motor-Ibérica (fábrica em Barcelona onde era construído o Terrano II) foram “buscar” à berlina da marca tudo o que era necessário. A nível de equipamento este modelo por norma sempre contou com três versões existindo a mais básica, intermédia e a de topo. Durante os seus anos de vida estas três versões assumiram nomes diferentes. A entrada de gama era a LX, S (1995) ou Confort (2000), a intermédia tinha as designações SLX, SR (1995) ou Sport (2000) e SGX, SE (1995) ou Luxury (2000).
Nesta segunda geração, a versão mais equipada foi aquela que mais vendas acumulou, sendo que as versões mais básicas eram adquiridas normalmente por empresas, por norma para substituir os velhos Patrol 260, Land Cruiser BJ73 e UMM. Facilmente identificável nas forças policiais, JAE, EDP, etc.
A versão de topo em 1997 era a SE e contava já com vidros e espelhos eléctricos, tecto de abrir eléctrico, pintura bicolor, fecho centralizado das portas com comando e sistema NATS (que não permite a abertura das portas mesmo partindo o vidro), bancos com regulação em altura e apoio lombar, ar condicionado, auto-rádio, luzes de leitura de mapas, bancos em veludo com tecidos retardantes de fogo, airbag, barras de protecção laterais nas portas, imobilizador, volante forrado em pele… e a lista não acaba, permitindo que o conforto a bordo seja de bom nível sem nunca entrar em luxos. Como opcional existiam os bancos em pele, ABS Dual Mode e o Alarme perimétrico.
O Terrano II é um produto que se destacava pela homogeneidade em todos os itens, contudo nunca chegou a ser referencial em nenhum ponto, sendo eventualmente esta dupla faceta o mais criticável no modelo mas também o garante da sua excelente relação preço/equipamento/motorização já anteriormente referida.
A posição de condução é algo direita, mas apresenta uma boa visibilidade inclusive para a prática do todo-o-terreno, ponto bastante criticável no Terrano I. Os bancos não contavam com grande apoio lateral e a base dos mesmos era algo reduzida para as pernas, no entanto era muito fácil a passagem do condutor de um normal sedan para um jipe como o Terrano II. Este modelo gozava de uma excelente insonorização e o espaço na versão de 3 portas era bom para 4 adultos e inclusive a capacidade da mala ficava à frente de modelos como o Mitsubishi Pajero. Claro está que por pouco mais e perfazendo cerca de 6100 contos (30.500 euros) na altura, era possível ter a versão de 5 portas e 7 lugares na configuração de máximo equipamento, com mais espaço para passageiros do banco traseiro e uma maior bagageira.
Uma das mais-valias desta segunda geração foi a revisão de alguns elementos mecânicos. Sendo que o 2.7 TDI de 125 cv vinha equipado com uma nova caixa proveniente da Nissan Pick-up VG 3.0 V6 de 160 cv, que em Portugal apenas se viam nas competições TT da época. Esta caixa totalmente sincronizada permitia passagens bastante suaves e contribuía para um bom “feeling” de condução, que aliado ao motor tornava especialmente a versão curta passível de uma utilização mais desportiva.
Por outro lado, Nissan nesta segunda geração perdeu uma bela oportunidade de rever o calcanhar de Aquiles de sempre do Nissan Terrano II… a suspensão. Aliada ao curso reduzido, tanto na frente como na traseira o comportamento em asfalto liso é deveras interessante, todavia quando se começava a degradar fosse em estrada ou em todo terreno só existia uma maneira de poder progredir que era baixar o ritmo. O trem dianteiro sofria de uma morbilidade acentuada e a traseira parecia que nunca conseguia acompanhar a frente provocando um claro desacordo entre os dois eixos e contemplava o condutor com perdas de motricidade e direccionalidade, pancadas secas na suspensão e caso se continuasse a abusar o trem dianteiro como que perdia a compostura e começava a ressaltar.
Por seu turno, os travões e muito por culpa dos tambores traseiros também não acompanhavam o ritmo imposto pelos 125 cv e tinham uma tendência notória para bloquear fazendo perder a direcionalidade da viatura em casos mais extremos ou com o piso molhado. Como tal, o ABS opcional era sem dúvida uma mais-valia na segurança activa do veículo.
Em resumo, por não ser um modelo totalmente novo, alguns pontos mantiveram-se sem revisão. Apesar de na altura nenhum jipe ser referencial em matéria de segurança ativa e passiva (apesar da ideia que se tinha) eram estes pontos na prática que afastavam o Terrano II de propostas como o Mitsubishi Pajero 2.8 GLS, ou o Toyota Land Cruiser 3.0 STD, que tinham comportamentos, mais sãos, entre outros, mas faziam-se pagar e bem por essas mais-valias. Por outro lado, os concorrentes directos deste Terrano II, padecendo alguns deles também dos mesmos males, eram o Mitsubishi Pajero Sport Wagon, Opel Frontera, Ssangyong Musso entre outros, sendo mesmo assim alguns deles ainda inferiores ao Terrano II no capítulo dinâmico. Contudo, estes defeitos que com os anos passaram a ser feitios, acabaram por dar aos seus proprietários motivos de sobra para poderem entrar no mundo da personalização dos seus jipes. Nesta altura o mercado de acessórios estava ao rubro com lojas por todo o lado e com tudo o que se possa imaginar. Amortecedores reguláveis à distância, kits de suspensão completos, discos de travões mais performantes, diferenciais bloqueáveis, pneus e jantes de todo o género, snorkels, bull-bars, luzes adicionais, guinchos eléctricos, etc, etc.
Vai comprar um Nissan Terrano II? Siga estas dicas
Aproveitando esta “deixa” aproveito para deixar uma opinião mais pessoal acerca dos afazeres neste modelo pois é um modelo acessível e apesar do seu valor ter estabilizado, não esperem encontrar boas unidades usadas por “meia dúzia” de euros. As linhas seguintes serão um misto de preparação e manutenção do Terrano II. É um modelo ideal para se lançar à aventura no fora de estrada e com um orçamento reduzido. Conforme as versões, idade e quilómetros pode conseguir comprar e preparar um modelo destes ficando abaixo dos 8000 euros.
As unidades de 100 cv sofrem de uma caixa de velocidades menos robusta e as de 125 cv sofrem a longo prazo de problemas na bomba mecânica. Provavelmente, em muitas unidades estes problemas crónicos já foram resolvidos, mas convém estar alerta na altura da compra.
Seja este, seja outro jipe e se não conhecer o historial do mesmo compre o mais original possível. Jipes alterados poderão ter problemas nas inspecções e chegarem a ser inclusive aprendidos pelas autoridades. Como tal pode desfrutar deste jipe no todo-o-terreno efetuando algumas alterações básicas sem qualquer impacto negativo na legalidade da viatura. Se não tiver sido já intervencionado nesse ponto, uns amortecedores a gás fazem toda a diferença para melhorar no comportamento tanto em estrada como fora dela. Nessa mesma altura convém verificar folgas na barra da direcção e substituir a mesma se for caso disso. Os triângulos dianteiros também podem conter folgas e substituir os casquilhos é recomendável. Por sua vez, e dado o sistema de suspensão dianteira a mesma tende a descair e é possível, muito facilmente, fazer subir a frente do jipe, alguns centímetros. Qualquer mecânico é perfeitamente conhecedor deste sistema.
Para terminar na frente e sempre que exista intervenção na suspensão, a direcção deverá ser alinhada e ainda mais se leva pneus novos. Ora os pneus são algo que vai fazer toda a diferença no fora de estrada. Optem por uns AT (All -Terrain 50% estrada e 50% offroad) ou MT (Mud-Terrain 80% offroad e 20% estrada) conforme o jipe seja mais dedicado a estrada ou todo-o-terreno. Não é preciso alterar medidas para circular por fora de asfalto com segurança. No eixo traseiro o mais importante é verificar o estado dos bombitos dos tambores traseiros que tendencialmente vertem e tornam quase inoperacionais os travões traseiros. Com uma manutenção bem feita, consumos comedidos na casa dos 10 litros sem preocupações, autonomias em torno dos 500/600 quilómetros, um motor com distribuição por carretos quase indestrutível, este é um jipe que dará muitas alegrias ao seu dono e o permitirá desfrutar de quilómetros e quilómetros fora de estrada.
Se não pretenderem fazer todo terreno trialeiro optem sempre pela versão longa de 5 portas (Ângulos TT; Entrada: 34,5º Ventral: 25º e Saída: 26º) pois é sempre mais estável e confortável, sendo a versão curta (Ângulos TT; Entrada: 35º Ventral: 34º e Saída: 33º) mais ágil e divertida de conduzir e com potência suficiente para descolar a traseira e nos colocar um sorriso na cara, isto tudo com ajuda do autoblocante traseiro, mas claramente com um comportamento mais nervoso.
Para finalizar apenas dizer que o Terrano II foi um modelo que durante 10 anos foi consecutivamente em cada ano o modelo mais vendido em Espanha, sim durante 10 anos foi líder de vendas. Por cá foi alvo de variadas versões especiais, como Baja, o Andes, Tibete, etc. Teve também um irmão gémeo que se chamava Ford Maverick e apenas mudava a grelha os emblemas e um ou outro equipamento, sendo apenas um rebadging. Foi também dos poucos veículos da época que eram produzidos na Europa e exportados para o Japão, neste caso com o nome de Nissan Mistral, modelo que gozou de uma boa aceitação e popularidade no mercado asiático, sempre associado às versões topo de gama, incluindo caixa automática, ar condicionado automático, jantes e tapeçarias específicas, entre outros.
Actualmente a Nissan reeditou o nome Terrano dentro da sua parceria Nissan-Renault comercializando o Nissan Terrano na Índia e Rússia numa versão mais estilizada do conhecido Dacia Duster.
Texto e fotos: Alexandre Carvalho
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A sonda Lambda é um elemento determinante para o correto funcionamento do motor de um automóvel e para a manutenção dos valores de emissões poluentes anunciados pelo construtor para esse mesmo veículo. Como qualquer outro componente pode deixar de funcionar corretamente e aqui lhe indicamos alguns dos sintomas.
A sonda Lambda é um elemento localizado no sistema de escape que ao fazer a medição dos valores de oxigénio presentes nos gazes de escape vai permitir aferir o nível das emissões do motor de combustão. Esses dados são transmitidos à centralina do motor que faz os ajustes necessários na alimentação afinando a mistura entre ar e combustível para assegurar o correto rendimento do motor e garantir o valor mais baixo possível de emissões poluentes. Quando a sonda Lambda deixa de funcionar em condições há alguns indicadores que podem dar o alerta para esse problema:
Luz do motor
O sinal mais “visível” de que algo pode estar mal com a sonda Lambda é o acendimento da luz do motor no painel de instrumentos do seu veículo. Ao indicar um problema no motor esse alerta pode ter origem na sonda Lambda pelo que deve recorrer a um técnico especializado para fazer o diagnóstico se é que a situação está mesmo relacionada com a sonda e tratar da eventual reparação.
Perda de potência
Num campo mais sensitivo, pode começar a sentir que a resposta do seu carro ao acelerador já não é a mesma, mais lenta e menos vigorosa. Esta sensação pode indicar uma perda de potência que pode ser o resultado de um problema com a sonda Lambda que está a dar valores errados à centralina que por seu turno está a controlar a alimentação de forma inadequada, prejudicando o rendimento do motor.
Aumento do consumo
Se começar a reparar que o seu carro está a gastar mais combustível, fique atento pois isso também pode ser um sintoma de que a sonda Lambda está a funcionar mal. Mais uma vez a sonda pode estar a “informar” mal a centralina que ajusta a alimentação, levando a que o carro gaste mais para manter o mesmo rendimento de potência. Aqui é possível que não sinta alterações na resposta do motor ao acelerador, mas sentirá diferenças no manómetro do depósito de combustível.
Emissões poluentes mais elevadas
Uma falha na sonda Lambda pode naturalmente provocar um aumento nas emissões poluentes do seu automóvel, aumento esse que poderá ser detetado apenas quando for à inspeção periódica e que certamente resultará no chumbo do veículo.
Convém que sempre que se detete um problema esta seja vista por um técnico especializado, pois estes sintomas que o condutor pode detetar também podem ter origem noutras anomalias com a linha de escape como uma fuga na mesma, ou um catalisador também com problemas, por exemplo. Estes fatores irão fazer com que as medições da sonda Lambda estejam erradas apesar de ela estar a funcionar corretamente. Para garantir a maior durabilidade deste componente convém que o veículo faça as revisões a tempo e horas e que o condutor esteja atento às pequenas diferenças no comportamento do seu carro. No fundo, é ter uma atitude que não só irá assegurar uma maior longevidade da sonda como de muitos outros componentes do automóvel, o que a longo prazo representará uma boa poupança em reparações.
Manter o interior do carro com o mínimo de limpeza e arrumação é importante não apenas por questões de aspeto, mas também por questões de segurança. Por isso aqui lhe deixamos o alerta para algumas situações que podem ocorrer se o habitáculo estiver numa “bandalheira”.
Por vezes por distração, falta de tempo, uma ausência prolongada, ou mesmo por falta de atenção com a arrumação, o habitáculo fica repleto dos mais variados objetos e isso não é nada benéfico para o condutor, para os demais ocupantes e até para o próprio carro.
Objetos soltos
Fazer do carro uma espécie de arrecadação não é a melhor ideia. Ter brinquedos espalhados, equipamento desportivo como bolas ou patins, um guarda-chuva, ou uns óculos de sol tudo solto no habitáculo pode ser um perigo em caso de uma travagem brusca ou até mesmo de um acidente. Em caso de uma paragem brusca os objetos soltos pode ser projetados e ganhar um peso até 20 vezes superior ao seu peso real e isso pode causar lesões nos ocupantes. A título de exemplo, imaginemos um portátil 20 vezes mais pesado a “voar” em direção ao nós e facilmente se percebe a capacidade que tem para causar danos físicos consideráveis.
Restos de comida
Embalagens ou latas de refrigerante esquecidas, restos de comida ou migalhas não são bons companheiros de viagem. O primeiro risco que se corre é o surgimento de odores, não se esqueça que um carro pode atingir temperaturas muito elevadas no seu interior e isso acelera a degradação dos restos de comida. Um mau cheiro pode tornar-se algo muito difícil de remover. Pode entranhar-se no tecido dos bancos, no seu estofo, embrenhar-se nas condutas de ar e com o passar do tempo é complexo remover o odor. Além disso se for vender o carro, um mau cheiro no interior certamente não ajudará à venda.
Por outro lado, uma lata de refrigerante solta no chão do carro pode sempre resvalar para debaixo de um do pedal do acelerador ou do travão e complicar bastante a tarefa ao condutor. Pode parecer difícil ou impossível de acontecer num modelo ligeiro, mas se imaginarmos um monovolume ou um furgão e considerarmos que os azares acontecem… então é melhor deitar a lata no lixo atempadamente.
Seres vivos indesejáveis
Os restos de bebidas ou de comida têm ainda outro inconveniente além dos odores, das manchas ou das zonas pegajosas que podem deixar, é o surgimento de uma fauna que não é muito desejável dentro do automóvel. Para começar pode atrair pequenos insetos como formigas, mosquitos ou aranhas, mas o pior está no reino que não é visível ao olho humano: as bactérias. Em média as bactérias duplicam o seu número a cada vinte minutos que a comida esteja exposta à temperatura ambiente, mas como é normal um carro atingir temperaturas superiores essa cadência de multiplicação de bactérias pode aumentar bastante. Um estudo da Universidade de Aston em Birmingham, no Reino Unido refere que no interior de um carro pode encontrar-se um nível de germes significativamente superior ao que se encontra numa casa de banho “normal”.
Cuidado e limpeza regular
Para evitar estes riscos o máximo possível tudo começa por ter um mínimo de cuidado na arrumação do habitáculo e evitar objetos soltos. Além disso convém não acumular lixo ou restos esquecidos e se bebe ou come algo deitar os restos ou embalagens no lixo respetivo. Por fim é importante criar uma rotina de limpeza do interior do carro de forma a mantê-lo sempre com um nível de arrumação e higiene mínimos.
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