As vendas de citadinos na Europa são desastrosas e pouco rentáveis. A VW e a PSA vão acabar com modelos como o Up , 108 e C1.
Os dados do mercado de 2017 são reveladores sobre as preferências dos clientes europeus: não se interessam por carros pequenos e os que compram são com motores Diesel. Apenas 8% das vendas são de citadinos.
Com margens de lucro muito pequenas, os construtores que apostaram neste tipo de carros estão a perceber que os investimentos em desenvolvimento e produção não compensam e vão desaparecer da oferta deste dois grupos europeus. Com as rígidas normas de emissões a carregarem sobre estes carros e a obrigar a tecnologia empregue a ser cada vez mais dispendiosa, o fim destes modelos será inevitável.
Segundo a Automotive News Europe, o CEO da VW, Herbert Diess, queixou-se dos limites de emissões que começam em 2020 poderiam dar uma contribuição positiva, só que os citadinos teriam de sofrer aumentos superiores a 3000 euros para compensar e, desta forma, ficariam ao preço dos utilitários.
Quanto ao Grupo PSA, teme-se que a produção de seus citadinos vai cessar na fábrica que partilham com a Toyota na República Checa. Prevê-se que a Toyota assuma a fábrica até 2021, e o Grupo PSA abandonará o segmento nessa altura, colocando um ponto final na produção de citadinos, como o Peugeot 108 e o Citroën C1.
“A capacidade de qualquer construtor de obter lucro neste segmento está sob pressão por causa de toda a tecnologia que temos a acrescentar”, confessou Maxime Picat, diretor operacional da PSA para a Europa.
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