Comerciais
Camionista: uma profissão em declínio. O que nos guarda o futuro?
Face ao abrandamento da indústria automóvel, a União Europeia procura estimular o setor dos veículos pesados.
Entre a procura por camiões maiores para emitir menos e o aumento dos camiões pesados sem motorista para compensar a escassez de motoristas, a Europa encontra-se numa encruzilhada estratégica. Entre a urgência ecológica, as tensões sociais e a revolução tecnológica, o transporte rodoviário terá de traçar o seu caminho e resolver equações com várias incógnitas.

Menos camiões nas nossas estradas: é ao mesmo tempo um desejo político, um imperativo ambiental e… um cenário que a realidade já impõe. Por um lado, a União Europeia promove a ideia de «megacamiões» de 60 toneladas, mais carregados e, portanto, potencialmente menos numerosos, para reduzir as emissões de CO₂.
Por outro lado, o setor é afetado por uma escassez mundial de motoristas que também pode esvaziar as autoestradas de seus caminhões pesados. Entre restrições ecológicas e dificuldades de recrutamento, o transporte rodoviário precisa se reinventar, e às vezes de forma acelerada.
Então, o que vamos encontrar nos nossos carros do futuro? A resposta está nos camiões de hoje.
Os números são impressionantes: mais de três milhões de vagas para motoristas de camiões estão abertas em 36 países, de acordo com a União Internacional de Transportes Rodoviários (IRU). E se nada mudar, esse número poderá duplicar até 2028. Na Europa, o problema é agravado pelo envelhecimento acentuado da profissão: a idade média dos motoristas ultrapassa os 47 anos e quase um em cada três já tem mais de 55 anos. Os jovens, por sua vez, evitam uma profissão considerada árdua, e as mulheres representam apenas 6% do efetivo.

Face a esta dupla ameaça ecológica e humana, a Europa não falta ideias. O projeto dos megacamiões visa transportar mais mercadorias com menos viagens, reduzindo assim a pegada de carbono. Mas esses gigantes não resolvem a questão dos motoristas: mesmo que o número de viagens diminua, ainda serão necessários motoristas qualificados para conduzi-los
Em um plano mais social, algumas empresas estão tentando melhorar a atratividade da profissão. Áreas de estacionamento modulares, pontos de recarga para camiões elétricos, cabines mais confortáveis ou mesmo modelos «drop and swap» que permitem aos camionistas regressar mais vezes a casa.
A autonomia dos camiões, uma resposta ainda parcial?
Com menos de 3% das vendas de camiões pesados novos no ano passado na Europa, o camião elétrico ainda tem dificuldade em democratizar-se face ao diesel.
E se, por falta de motoristas, dispensássemos… os motoristas? A ideia já não é ficção científica. Fabricantes como a Scania já estão a testar camiões autónomos, em ambientes confinados (minas australianas) ou em autoestradas na Europa. A implantação comercial está prevista para 2027, desde que as regras sejam cumpridas.
Para Peter Hafmar, vice-presidente de soluções autónomas da Scania, a lógica é clara: a autonomia não substituirá completamente o ser humano, mas assumirá as viagens repetitivas e longas, deixando aos motoristas os segmentos mais complexos — último quilómetro, mercadorias perigosas, manuseamento especializado. Esta abordagem gradual permitiria aliviar o pessoal, mantendo uma presença humana no circuito.
Embora os veículos autónomos possam estabilizar a cadeia logística, eles não resolvem todas as equações: ainda é necessário que as infraestruturas, a legislação e a opinião pública acompanhem. Na Europa, a Alemanha e os Países Baixos já estão na vanguarda, mas a questão da aceitabilidade permanece em aberto. Os sindicatos e os profissionais temem uma transição abrupta que deixaria à margem aqueles que ainda vivem da profissão de motorista.
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Kia revela PV5 chassis-cabina elétrico na SOLUTRANS 2025
A Kia apresentou em Lyon, na feira SOLUTRANS 2025, o novo PV5 Chassis Cab, o primeiro chassis-cabina totalmente elétrico da marca e um passo central na estratégia Platform Beyond Vehicle (PBV).
Construído sobre a plataforma E-GMP.S, o modelo destaca-se pela eficiência, modularidade e foco nas necessidades dos profissionais europeus.

Com menos de cinco metros de comprimento, o PV5 oferece até 1005 kg de carga útil e até 8 m³ de capacidade com a configuração High Box, igualando furgões de segmento superior, mas mantendo dimensões compactas e um raio de viragem de 5,5 metros.
Desenvolvido em colaboração com transformadores europeus, permite várias conversões profissionais, como versões Dropside, Tipper, Box Van e Refrigerated Van. Na SOLUTRANS, a Kia demonstra uma versão adaptada à distribuição alimentar.
O PV5 estará disponível com bateria de 51,5 kWh no lançamento e uma opção de maior autonomia, de 71,2 kWh, em 2026. Consoante a configuração, a autonomia pode atingir valores equivalentes aos do L2H1 Cargo: até 297 km com a bateria padrão e 416 km com a bateria maior. O carregamento rápido a 150 kW permite repor 10% a 80% em cerca de 30 minutos.

O modelo integra ainda um conjunto completo de sistemas de assistência à condução e a garantia Kia de sete anos/150 000 km (extensível).
Além da estreia do PV5 Chassis Cab, a Kia apresentou o novo Ecossistema Business Solutions, que reúne serviços de condução, carregamento, conectividade e gestão de frotas. A plataforma inclui soluções como Kia Charge Business — com acesso a mais de um milhão de postos na Europa —, a ferramenta de gestão Kia | PLEOS Fleet e o Business Mode da app Kia para supervisão de até cinco veículos.
O objetivo é simplificar operações, reduzir custos e acelerar a adoção de frotas elétricas no setor empresarial.
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DAF XD e XF Electric vencem prémio do International Truck of the Year 2026
Os novos DAF XD e XF Electric foram eleitos International Truck of the Year do Ano 2026 por um júri idóneo composto por 24 jornalistas especializados, representantes de 24 países.
É a terceira vez que a DAF conquista o título com a sua gama New Generation, após o sucesso dos modelos XF, XG e XG+ em 2022, e do XD em 2023, trazendo o prémio mais uma vez
para a casa de Eindhoven.
O troféu foi entregue a Harald Seidel, presidente da DAF Trucks, durante o Jantar de Gala Internacional de atribuição destes prémios que decorreu na feira Solutrans em Lyon, França, com a presença de mais de 1300 convidados.
Com 92 pontos alcançados, a gama elétrica pesada do construtor holandês terminou à frente dos seus concorrentes na contagem final. O MAN D30 PowerLion a gasóleo foi um forte concorrente, enquanto o SANY e435 totalmente elétrico, marcou a primeira vez que um camião chinês chegou à lista de finalistas do prémio de camião mais prestigiado da Europa.
De acordo com as regras do “International Truck of the Year (IToY)”, o título é concedido anualmente ao veículo lançado nos 12 meses anteriores e que tenha dado a maior contribuição para a eficiência do transporte rodoviário. A avaliação abrange uma série de critérios, incluindo inovação tecnológica, conforto, segurança, dirigibilidade, eficiência energética, desempenho ambiental e custo total de propriedade (TCO).
Este é o terceiro ano consecutivo em que um camião elétrico conquista o título. Dos cinco veículos selecionados para 2026, três eram modelos elétricos a bateria, destacando que a transição energética continua na vanguarda da indústria dos pesados de mercadorias, mesmo com a evolução contínua do motor de combustão interna.
Durante extensos testes de condução, os membros do júri elogiaram os modelos XD e XF Electric pela perfeição das suas transmissões, com passagens de caixa quase impercetíveis. A sua autonomia também beneficia da melhoria aerodinâmica de 9% alcançada em toda a última geração de produtos DAF.
O conceito de veículo modular, que oferece uma ampla escolha de configurações de bateria e eixos, também foi elogiado por proporcionar aos operadores uma flexibilidade excecional.
Florian Engel, presidente do júri do “International Truck of the Year”, resumiu esta vitória: “Com os novos XD e XF Electric, a DAF Trucks demonstra que a combinação de um motor elétrico central e um eixo traseiro tradicional pode ser tão eficiente em termos energéticos quanto uma transmissão com um eixo elétrico (e-axle). Além disso, esta configuração da DAF proporciona uma distribuição de pesos perfeita, permitindo que praticamente todos os casos de utilização sejam abrangidos por uma única plataforma técnica.”
Os nomeados 2026 (por ordem alfabética):
DAF XD / XF
MAN D30 PowerLion
MAN eTGS
SANY e435
SCANIA Super 11
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