A pandemia do novo Coronavírus que afeta a população mundial tem levado à busca de alternativas seguras para as mais variadas atividades, na tentativa de manter alguma normalidade nas rotinas das sociedades. Nesse sentido assistimos hoje ao regresso do conceito dos Drive-ins.
Com os limites impostos pelo Covid-19, nomeadamente no que diz respeito às reuniões de caráter social, que levaram ao encerramento de cinemas, teatros e locais de culto como as igrejas, por exemplo, o conceito de Drive-in volta a ganhar força com a reunião de espetadores em torno de um ecrã gigante de cinema para assistirem a um filme, ou no parque de estacionamento de igrejas para a celebração de uma missa.
Assim, na segurança dos seus veículos os presentes garantem o distanciamento social que a segurança impõe, mas continuam a poder celebrar o seu culto ou apenas aliviar a mente com um bom filme. Compreensivelmente, este fenómeno está a ter uma forte implementação nos Estados Unidos onde o conceito está bem enraizado na cultura norte-americana. Foi neste país que o primeiro Drive-in surgiu em 1915 sendo a década de 50 a responsável pela sua forte implementação graças ao aumento da aquisição de automóveis por parte dos americanos.
O papel do automóvel como elemento de segurança e de contenção da transmissão já tinha surgido com os testes ao Covid-19 feitos em instalações estilo “Drive-thru” como aliás já temos algumas em funcionamento no nosso país, mas agora com este “regresso” dos Drive-ins é curioso verificarmos que o automóvel reforça o seu papel fundamental na liberdade do homem, indo neste caso mais além da sua função primária que é garantir a mobilidade.